quarta-feira, 28 de maio de 2008

O exemplo das tigresas










O tigre sempre foi considerado uma das mais terríveis e sanguinárias.
Enquanto o leão só ataca e mata para saciar a fome, consta que o tigre lança-se sobre sua presa com intuitos meramente sanguinários e de extermínio.

Pois bem, esse grande felino, que entrou na imaginação humana como paradigma da brutalidade fulminante, da dissimulação ágil, conserva sempre, em seu instinto animal, o desvelo materno ...

Até nas piores feras este nunca falha. A foto ao lado o comprova de forma comovedora: a tigresa, tendo seu filhote pendurado de seus dentes, o ensina a perseguir e matar grandes animais. E depois de algum tempo e várias lições, a cria tornar-se-á uma caçadora tão hábil quanto a mãe.

Que exemplo pungente dão as tigresas –– tão solícitas e mesmo carinhosas para com seus rebentos –– às mães abortistas!
Estas, dotadas da razão que falta aos animais, violam-na e abafam o próprio instinto materno, quando sacrificam seus filhos indefesos.


Se as tigresas pudessem falar, certamente exprobariam essas mães assassinas!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

DOIS IDEAIS FEMININOS


A Serva de Deus Maria Clotilde de Sabóia Napoleão (1843-1911), insigne não só por seu nascimento e por sua alta distinção pessoal, como também por sua virtude, será talvez elevada às honras dos altares, pois já se processa a causa de sua beatificação. Pela nobreza de seu porte representa ela o tipo característico da dama cristã no século passado, toda feita para a vida de sacrifício, principalmente no lar, para as grandes dedicações da mãe e da esposa segundo o espírito da Igreja. Apesar de muito feminina, espelha em seu todo uma firmeza notável, que não exclui, aliás, uma grande bondade. Em suma, pode ser tida como expressão autentica do verdadeiro ideal feminino.


* * *


Ana Pauker representa o arquétipo da mulher conformada segundo as normas do comunismo. Grosseira, masculinizada, não denotando nem o recato nem a dedicação que a situação da mulher na sociedade exige, é a virago desabrida e sem sentimentos, própria para a era de brutalidade e mecanicismo cujo advento o neo-paganismo moderno prepara.

DA SENHORA DE PERSONALIDADE À MODELO DE TV

Antes do artificialismo atual no referente a modas e costumes femininos, impostos pelos técnicos de opinião pública, houve época em que havia organicidade nessa matéria, devido à influência natural de senhoras exponenciais em determinado âmbito social

C.A.


Houve tempo em que ... a moda feminina em cada cidade era em grande parte determinada pelo feitio pessoal das senhoras de mais representatividade, de maior beleza, de maior capacidade de entreter pessoas, de conduzir uma vida social, de dirigir uma roda onde se conversava. Elas tinham personalidade. A partir de seu modo de ser, a vida da cidade se modelava.
Tal sistema orgânico foi modificado quando os técnicos do cinema - e depois os da televisão - passaram a criar modelos femininos que se tomavam obrigatórios para todas as cidades.
"Eu ainda alcancei em São Paulo - observou o Prof Plinio Corrêa de Oliveira, em recente palestra feita em auditório da TFP - algumas senhoras de gerações mais antigas, de tanta distinção, tanta beleza, tanta maternalidade, de uma taL consciência de seus deveres de esposas, que o modo de ser deLas inspirava o modo de ser da classe dominante. TaL classe, por sua vez, inspirava o modo de ser da CapitaL, a quaL inspirava, por fim, o //lodo de ser das cidades do interior.
"Hoje em dia, não. Não se deve mais ser como taL senhora, que possui uma taL Liderança sociaL, mas sim como determinada atriz (ou apresentadora de TV), que é modelada por um técnico de opinião púbLica.
"Então, uma série de modos, de gostos, de músicas, de comidas, enfim, de tudo modifica-se deforma antinatural, em função da moda previamente organizada".
Esta observação do Prof Plinio Corrêa de Oliveira. apresentada com uma simplicidade ao alcance de todos, é entretanto de grande profundidade psicológica. E sua cabal comprovação a encontramos na bem nutrida história das decadências deste nosso século, que agora agoniza sem glória nem contrição.
Um curioso artigo que a "Gazeta Mercantil" (19-4-94) reproduziu do "The Wall Street Journal" está dentro do nosso tema. Ao tratar da influência crescente que as modelos de cinema e TV vêm exercendo em nossos dias, o articulista, Eben Shapiro, afirma:
As modelos estão preenchendo as lacunas deixadas pelas estrelas de Hollywood.
"As supermodelos ganharam um novo tipo de status. Elas aparecem em cinema:. e em shows de televisão. Elas são o ponto de convergência dos canais de TV a cabo e de revistas. Elas endossam produtos que vão de refrigerantes a calçados para ginástica”. Elas manipulam "imagens vendáveis amplamente criativas ". São poucas as empresas - revela o articulista - que não estão tentando novas fórmulas para 'utilização das imagens das modelos.
O empresário Anthony Guccione procura levantar 60 milhões de dólares para lançar a FAD- TV, um canal de TV a cabo com 24 horas dedicadas ao mundo da moda! "O futuro da moda é a televisão”, diz ele.
E já tem um concorrente. Thomas E. Palmieri Jr. também está desenvolvendo um canal de televisão a cabo para transmitir programas de moda. Embora reconheça que "com a proliferação dos canais de televisão a cabo, estamos criando um monstro tecnológico".
Com tal sistema, é a modelo quem vai ditar a moda (na aparência). Na realidade, como ela normalmente não passa de uma funcionária paga - e, conforme o caso, muito bem paga -, para não perder seu rendoso emprego, ela vai se apresentar exatamente como lhe for indicado pelo técnico em opinião pública.
Este sim, na sombra, é o verdadeiro ditador da moda, ao veredicto do qual se dobra o próprio empresário, sempre desejoso de ver seu produto expandir-se e seu lucro crescer.
Como era mais orgânico, mais natural, mais católico e mesmo mais humano o tempo em que as damas davam o tom feminino da sociedade!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Isabellas

O Brasil inteiro está chocado com a brutal e trágica morte da menina Isabella, mas incontáveis Isabellas são assassinadas diariamente em clínicas de aborto

Paulo Roberto Campos

A opinião pública encontra-se estarrecida com o monstruoso fato ocorrido no dia 29 de março último: uma menininha, de apenas cinco anos, jogada do 6º andar de um prédio; seu corpo ficou espatifado no solo.
Nestes últimos dias, jornais, revistas, rádios, TVs e sites estiveram abarrotados de reportagens sobre esse sinistro acontecimento na capital paulista. Realmente, todos qualificam tal crime como monstruoso, e todos se perguntam: Quem matou Isabella Nardoni? Quem praticou tamanha crueldade? Por que?

Tremenda insensatez – inexplicável incoerência
Isabella Nardoni Nesse caso, seria clamoroso não denunciar uma atitude de flagrante incoerência da mídia e de incontáveis pessoas. Refiro-me àquelas que, com toda razão, estão chocadíssimas com o assassinato da menina, mas que não ficam chocadas com o não menos brutal assassinato de crianças ainda no ventre materno. É incompreensível que muitas pessoas, horrorizadas com a morte de Isabella, sejam favoráveis ao aborto, portanto à eliminação de pequenas e inocentes “Isabellas”, que nem sequer viram a luz do dia.
Quantas “Isabellas” são diariamente assassinadas do modo mais desumano que se possa imaginar! Extirpar uma vida humana será sempre gravíssimo crime, não importando a idade da vítima: aos 80, 50 ou cinco anos; ou alguns meses ou dias, até mesmo algumas horas.
Ah! se um dia jornais, revistas, rádios, TVs e sites estiverem repletos de comentários contra assassinatos de bebês indefesos no útero materno, seria um acontecimento memorável! Seria um evento importante para a restauração da civilização, neste mundo neobárbaro e neopagão em que vivemos.
Oxalá, proximamente, o Brasil inteiro — que se encontra horrorizado com o caso Isabella — viesse a se comover profundamente também com as incontáveis vítimas do aborto. Assim como se deseja a condenação dos responsáveis pela morte dessa criança, também se exija a condenação dos responsáveis pela matança de crianças ainda no ventre de suas mães. A condenação não só da genitora que se submete a um aborto, mas igualmente daqueles que colaboram na execução do ato, como médicos, enfermeiras, parentes, etc.
Ambos são crimes hediondos. Ambos devem ser lamentados profundamente, e não podem ficar impunes.

“Estão se queixando do cheiro de carne humana queimada”
Proselitismo escancarado a favor do aborto Recente artigo de Carlos Heitor Cony (“Folha de S. Paulo”, 11-4-08), muito apropriadamente intitulado Uma história repugnante, relata a pesquisa realizada por dois jornalistas ingleses, Michel Litchfield e Susan Kentish, sobre a “indústria do aborto” em Londres. Eles investigaram o que se passava nas clínicas abortivas, após a legalização do aborto na Inglaterra (com o “Abortion Act”, de 1967), e gravavam as conversas com os médicos. Com base na pesquisa, escreveram a clássica obra “Babies for Burning” (Bebês para queimar), editado pela Serpentine Press, de Londres.
Aqueles que desejarem adquirir tal obra em português, a encontrarão publicada pelas Edições Paulinas (São Paulo, 1985), com o título: Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra.
O referido artigo pode ser lido na íntegra em:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1104200842.htm. Aqui transcrevo apenas alguns trechos:
“Os autores souberam, por meio de informações esparsas, que a indústria do aborto, como qualquer indústria moderna, tinha uma linha de subprodutos: a venda de fetos humanos para as fábricas de cosméticos. [...]
Contam os jornalistas: Quando nos encontramos em seu consultório, o ginecologista pediu à sua secretária que saísse da sala. Sentou-se ao lado de Litchfield, o que melhorou a gravação, pois o microfone estava dentro da sua maleta. O médico mostrou uma carta:
— Este é um aviso do Ministério da Saúde – disse, com cara de enfado. As autoridades obrigam a incineração dos fetos... não devemos vendê-los para nada... nem mesmo para a pesquisa científica... Este é o problema....
— Mas eu sei que o senhor vende fetos para uma fábrica de cosméticos e... e estou interessado em fazer uma oferta... também quero comprá-los para a minha indústria...
— Eu quero colaborar com o senhor, mas há problemas... Temos de observar a lei... As pessoas que moram nas vizinhanças estão se queixando do cheiro de carne humana queimada que sai do nosso incinerador. Dizem que cheira como um campo de extermínio nazista durante a guerra.
E continuou: Oficialmente, não sei o que se passa com os fetos. Eles são preparados para serem incinerados, e depois desaparecem. Não sei o que acontece com eles. Desaparecem. É tudo.
— Por quanto o senhor está vendendo?
— Bem, tenho bebês muito grandes. É uma pena jogá-los no incinerador. Há uso melhor para eles. Fazemos muitos abortos tardios, somos especialistas nisso. Faço abortos que outros médicos não fazem. Fetos de sete meses. A lei estipula que o aborto pode ser feito quando o feto tem até 28 semanas. É o limite legal. Se a mãe está pronta para correr o risco, eu estou pronto para fazer a curetagem [método utilizado para desmembrar um nascituro]. Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados, e vivem um pouco antes de serem mortos. Houve uma manhã em que havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Era uma pena jogá-los no incinerador, porque tinham muita gordura que poderia ser comercializada. Se tivessem sido colocados numa incubadeira, poderiam sobreviver, mas isso aqui não é berçário. Não sou uma pessoa cruel, mas realista. Sou pago para livrar uma mulher de um bebê indesejado, e não estaria desempenhando meu ofício se deixasse um bebê viver. E eles vivem, apesar disso. Tenho tido problemas com as enfermeiras, algumas desmaiam nos primeiros dias”.

“Quem derrama o sangue humano será castigado”
“Reze o Rosário pelo fim do aborto” Realmente repugnante! Mas é a realidade de inúmeras clínicas abortivas: nascituros são espatifados, extirpados do ventre materno, incinerados, ou “comercializados”, ou jogados na lata de lixo.
Isabella também foi morta, mas não incinerada ou jogada numa lata de lixo. Felizmente, ela era batizada e teve um enterro digno, graça de que são privados os bebês assassinados por mãos abortistas.
Encerro este artigo com uma passagem da Sagrada Escritura, que se aplica aos assassinos de todos os nascituros, de todas as “Isabellas”: “Quem derrama o sangue humano será castigado pela efusão de seu próprio sangue” (Gen. 9, 6).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

As principais vítimas



Os filhos são as vítimas mais prejudicadas pelo divórcio. Além de crescerem desamparados, pagam caro por uma decisão irrefletida dos pais, por um simples capricho ou por um interesse individual




O egoísmo subverte a ordem natural



“Não está nos pais, senão nos filhos, o porquê da sociedade conjugal. Na sua própria natureza traz o matrimônio a lei primordial de sua constituição. Sua razão de ser é a prole; sua constituição fundamental será a indissolubilidade que, só, reúne as condições exigidas pela criação e desenvolvimento normal das gerações futuras.
“Com o divórcio inverte-se esta hierarquia de fins naturais. Já não é a prole que dita a lei da família; é a perversão essencial. Uma legislação arbitrária dos homens, visivelmente inspirada pelo egoísmo das paixões, tenta substituir-se à ordem natural das relações que a razão serena reconhece e impõe à consciência com a inviolabilidade de um dever.
“Ora, não se perturba a harmonia racional das coisas sem provocar a crise de grandes catástrofes. A família, violentamente desconjuntada pelo divórcio dos seus gonzos naturais, entra a sofrer. Altera-se profundamente o jogo psicológico de idéias e sentimentos indispensáveis à sua existência e à evolução normal de seus elementos. Já não é um organismo adaptado à sua função. Daí desordens, insuficiências, dores, -- sintomas de um mal profundo -- que do mais humilde indivíduo estende a todo o corpo social as suas conseqüências funestas.
Estabilidade do lar: indispensável para a formação dos filhos
“A prole é a primeira vítima do divórcio, a mais digna de lástima porque a mais inocente. Entre o filho e o divórcio há um antagonismo íntimo, constante, irreconciliável. E nada demonstra tanto o caráter antinatural desta instituição quanto esta incompatibilidade absoluta com a razão de ser primordial da família.
“O primeiro efeito do divórcio é eliminar a prole. Sua tendência negativista manifesta-se logo em impedir que venham à existência os frutos naturais do matrimônio.
“É uma conseqüência imanente ao dinamismo psicológico criado pela mentalidade divorcista. A criança, por sua natureza, pede uma casa com futuro garantido. Se à solidez dos lares definitivos se substitui a mobilidade temporária das tendas, tudo o que é estável e duradouro passa a ser um móvel deslocado, um traste inútil, uma travanca a empecer a liberdade dos movimentos. Que marido quererá ser pai, se amanhã a esposa que lhe devia ser a companheira insubstituível na educação dos filhos, pode desertar a casa em busca de novas aventuras do coração? Que esposa, sobretudo, se decidirá a submeter os ombros aos deveres da maternidade, se amanhã o pai de seus filhos a pode desamparar, sem apoio e sem recursos, com quatro ou cinco serezinhos frágeis nos braços, lembranças ingratas de um amor falido, obstáculos penosos a tentativas de uma nova reconstituição da vida? Não; num lar que o divórcio pode romper não há lugar para a criança. (2)
“Espada de Dâmocles” ameaça a família
“A prole que, na ordem natural, era o fim do matrimônio, no regime divorcista é sempre um risco, amanhã talvez um obstáculo, mais tarde um remorso. E esta mentalidade hostil ao berço, generaliza-se espontaneamente onde quer que o divórcio tenha obtido uma sanção legal. Quando num país [o Brasil, por exemplo], os lares que se despedaçam cada ano, se contam por dezenas e dezenas de milhares, como não quereis que diante de uma nova família não se apresente, como possível, a eventualidade dolorosa de uma ruptura? Como não temer da fragilidade de um vínculo que a primeira inconstância humana, a veemência da primeira paixão ou as dificuldades das primeiras divergências poderão partir amanhã? E diante desta probabilidade, não será previdência espontânea, atravessar a vida escoteiro [só], para facilitar a salvação no primeiro naufrágio? (Grifos nossos)
“Como uma espada de Dâmocles, a probabilidade de uma dispersão ameaça toda a sociedade doméstica na sua existência e no exercício da primeira e mais essencial de suas funções. E este efeito desastroso [é bom que o note desde já o leitor], não o produz só o divórcio nas famílias que atinge na realidade, desarticulando-as; estende-se a toda a instituição que fere de morte, tornando-a incapaz de preencher a sua suprema razão de ser. A esterilidade não resulta do divórcio em ato, mas da sua simples possibilidade. (Grifos nossos)
“E a nação inteira começa a sofrer; arruina-se o presente e compromete-se o futuro. É uma como necessidade psicológica. Na família nova, escreve E. Lamy (3), náufragos da família destruída, objeto de discórdia entre o esposo a que pertencem e o outro a que são estranhos, intrusos para os nascidos do segundo matrimônio, os filhos do primeiro seriam para todos um embaraço e uma repreensão. O remédio será a esterilidade dos casamentos. Quanto mais fácil se volve o divórcio, tanto mais lógica se torna esta esterilidade ....
Prole – garantia da estabilidade do lar
“Escrito na legislação de um país, o divórcio é o seu gênio mau. Inimigo da sua vida, esterilizador da raça, fautor da sua decadência irremediável. .... a prole, [pelo contrário], que nas exigências da sua evolução normal, impõe aos progenitores a indissolubilidade da vida comum, com a sua simples presença, é um dos cimentos mais fortes da união conjugal.
“O filho é a expressão viva do amor dos pais. No temperamento, nas qualidades, nos traços da fisionomia que se vão definindo com os anos, traz ele, indelével, a impressão das duas vidas que se fundiram na sua. Cada nova florzinha que desabrocha no lar como que rejuvenesce com a sua frescura os encantos do primeiro amor. E, com os anos, intensificam-se os sentimentos de simpatia; apura-se o senso da responsabilidade nos encargos comuns da educação; a família toda consolida-se numa estabilidade definitiva. Os filhos, naturalmente, são os mais seguros defensores da indissolubilidade conjugal. Casal sem filhos, em país divorcista, é vítima provável da grande tentação de recomeçar o romance de novos amores.
* * *
“Já o leitor terá chegado à conclusão espontânea destas considerações. O divórcio, por uma sua própria natureza, tende a multiplicar os lares sem filhos. Lares sem filhos, por sua própria natureza, são mais facilmente divorciáveis. Por sua própria natureza, pois, o divórcio é um dissolvente progressivo da família. É o primeiro dos seus círculos viciosos. Não é o único, infelizmente”.
_________
Notas:
1 - Padre Leonel Franca S. J., O Divórcio, Rio de Janeiro, Empresa Editora A.B.C. Ltda, 1936, pp. 33 a 37.
2 - Em abono desta afirmação do Pe. Leonel Franca, vemos hoje em dia a proliferação do uso de anticoncepcionais e até do aborto como meios anti-naturais de limitar a prole indesejada. Em alguns países da Europa já se fala em importar o maior número possível de imigrantes, provenientes de outras plagas, outras raças, outros costumes, outras religiões para preencher o vazio de uma população que vai decrescendo por falta de filhos e tende a desaparecer. Soa isso como maldição!
3 - E. Lamy, na introdução ao opúsculo de M. G. Noblemaire, Le complot contre la famille, p. 8.