sexta-feira, 11 de abril de 2008

Esterilização, divórcio, trajes e neopaganismo

O ginecologista José Mauro Barcellos, prefeito de Patrocínio Paulista, cidade de cerca de 15 mil habitantes na região de Ribeirão Preto, foi denunciado pela Procuradoria da República ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região por práticas ilícitas de esterilização e estelionato contra pacientes e contra o SUS (“O Estado de S. Paulo”, 1º-12-06). A esterilização é um pecado cada vez mais difundido. Busca-se apenas o prazer e não se cumpre a finalidade do relacionamento sexual entre marido e mulher, segundo o preceito divino “crescei e multiplicai-vos”.



Rédeas soltas para o divórcio


O Senado aprovou um projeto de lei que desburocratiza o trâmite de processos consensuais de separação e divórcio. Partilhas e inventários em que não haja litígio também deverão se tornar mais ágeis, passando a ser resolvidos em um dia. As pessoas poderão divorciar-se sem passar pelo Judiciário, tudo será resolvido num simples registro público. Em lugar de se procurar diminuir o número de divórcios — os quais, além de ser contra a doutrina católica, constituem também um trauma para os filhos, para a sociedade e para os próprios divorciados — busca-se facilitá-los. A quantidade de divórcios no Brasil subiu calamitosamente 15,5% em 2005, e a taxa foi a maior já registrada desde 1995: 1,3 por mil pessoas de 20 anos ou mais de idade.


Sem dignidade no vestir

Não basta que uma veste seja moralmente aceitável, ela precisa também ser digna, pois o corpo humano, criado por Deus, deve ser respeitado. Como diz o Apóstolo São Paulo, “o vosso corpo é templo do Espírito Santo” (I Cor. 6,19). E isto vale tanto para o pobre quanto para o rico, pois não se trata de vestir-se ricamente, trata-se de evitar o modo ridículo ou extravagante de vestir-se. Por isso causa estranheza o decreto do prefeito do Rio de Janeiro que libera os servidores para ir ao trabalho usando bermudas, bermudões e calça na altura do joelho, até 31 de março. O pretexto, claro, é o calor. Mas nossos antepassados não sentiam calor? Entretanto, vestiam-se de modo digno. Segundo comentário de um jornal carioca, “a temporada de pernas de fora no Rio começa”. A medida vale também para motoristas e trocadores de vans licenciadas no município, rodoviários e taxistas (“O Globo”, 1º-12-06).


Festa pagã
Uma conhecida apresentadora de televisão deu uma festa para comemorar seu aniversário. A decoração, idealizado por um cenógrafo, conduzia ao paganismo mais inveterado, todo ele inspirado na “deusa” pagã Iemanjá, tudo em azul e branco. Havia uma pista de dança estranhamente cercada por camas confortáveis. O que significará isto? Convite a orgias? Ao lado de cada cama havia um altar com imagens de Iemanjá, alfazema, velas, para dar um toque místico-pagão. No bar, o destaque era uma figura de Iemanjá de mais de cinco metros. As roupas, todas brancas; com poucas exceções, como a de um casal que apareceu de preto e outro de dourado. O governador de São Paulo, José Serra, que estava no Rio, “deu uma passadinha lá”. O pula-pula foi à base de funk, com as convidadas em vestidos curtíssimos (cfr. César Giobbi, “O Estado de S. Paulo”, 4-12-06). O pior de tudo é que coisas dessas vão se generalizando no mundo neopagão em que vivemos.

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